Estes são apenas alguns dos
rostos das 60.000 famílias que dependem do AL
O ALOJAMENTO LOCAL TEM ROSTO
Mais de 60.000 famílias vão ser afetadas pelas medidas previstas para o Alojamento Local no pacote "Mais Habitação".
No dia 6 julho, enquanto decorre a discussão em sede de especialidade do pacote 'Mais Habitação' das medidas que afetam o Alojamento Local, os deputados não vão poder ignorar este cartaz afixado à porta da Assembleia da República.
O cartaz contém mais de 200 fotografias de titulares e gestores do AL, que não hesitaram em dar a cara na defesa da sua atividade.
Esta é uma iniciativa de vários grupos de pessoas preocupadas com o futuro do ALojamento Local, que agradecem ao "Instituto Mais Liberdade" toda a ajuda para a disponibilização e concretizacao do cartaz.
> Leia e ouça os seus testemunhos nesta página e conheça as histórias reais dos verdadeiros rostos do Alojamento Local.
Testemunhos
Estes são apenas alguns dos testemunhos das mais de 60.000 famílias que vão ser afetadas pelas medidas previstas para o Alojamento Local no pacote "Mais Habitação"
“O Alojamento Local, nos meus 68 anos, é o que me ajuda a dar sentido ao passar dos dias. Uma vida de trabalho e de repente ficar parada... não fazia sentido. Investi as minhas poupanças e fui em frente. Hoje é um complemento da minha reforma mas, acima de tudo, é a alegria de viver. Espero e desejo muito que não ma tirem...”
Manuela Correia
“Trabalhava no ramo de acomodação para estudantes. Deixei a profissão para me dedicar em exclusivo ao AL. Depois de 10 anos, vejo a minha profissão em risco. Estou destroçado por ter o meu futuro profissional em risco.”
Tiago A.
“O alojamento local deu vida a certos espaços há muito adormecidos. No meu caso, deu vida à casa da minha infância, a casa dos meus Avós! A vida deve florescer e sempre vencer....”
Fernanda I.
"A generalidade dos titulares de AL são pessoas como eu, que ficaram desempregadas depois dos 40 e que tiveram que se reinventar para sobreviver e manter a família.
No meu caso, fui despedida de um cargo com responsabilidade na área da consultoria fiscal, numa multinacional, menos de 2 meses depois de regressar de licença de maternidade.
Com mais de 40 anos e 3 crianças pequenas, dediquei-me durante algum tempo a ser mãe a tempo inteiro, com grandes sacrifícios financeiros, até se tornar incomportável. Decidi então dedicar-me ao Alojamento Local, num apartamento dos meus pais, até então cedido gratuitamente aos meus afilhados que vieram estudar para Lisboa. Como não dispunha de capital, o apartamento foi preparado para receber os hóspedes por mim mesma, com a ajuda do meu pai e do meu marido (pintámos, reparámos, limpámos).
Só exploro um apartamento, trato de tudo desde a gestão à limpeza, tratamento de roupas, pequenos arranjos, porque o rendimento não permite subcontratar. Recebo os hóspedes, trabalho para o Estado recolhendo informação para o SEF e para a taxa turística. Pontualmente recorro aos serviços de profissionais da zona para limpezas extra, reparações mais complicadas, transfers. Os meus hóspedes compram nas lojas e supermercados do bairro, fazem refeições nos restaurantes perto que recomendo.
É de uma leviandade tremenda o Estado querer de um dia para o outro acabar com o meio de subsistência e forma de vida de milhares de famílias, recorrendo a impostos extraordinários que não impõe a mais ninguém.
Meio de subsistência esse que nos esforçámos por desenvolver e nos sai do corpo. Noites perdidas à espera dos voos que atrasam, a acompanhar hóspedes em idas ao hospital, uma carga burocrática enorme - reportamos às finanças, SEF e Câmara Municipal, a construir a nossa reputação nas plataformas de reservas, a dar a conhecer o melhor do país a quem nos visita. Para de um dia para o outro vermos o Estado querer acabar com a nossa actividade como se fossemos criminosos.
Gostaria de salientar que os titulares de Alojamento Local na modalidade de apartamento e ou moradias, quando o Estado acabar com a actividade, não terão direito a qualquer apoio da Segurança Social. Desde 2019 que estamos impedidos de fazer contribuições para a Segurança Social, tendo sido excluídos de qualquer sistema de proteção social. Mais uma vez esta exclusão não se aplica a nenhuma outra actividade e foi bastante penalizadora durante a pandemia.
Não se entende esta perseguição ao Alojamento Local. O facto é que o preço da habitação não desceu em Lisboa onde os novos registos estão suspensos desde 2018.É também algo estranho que o pacote Mais Habitação não inclua qualquer medida equivalente às previstas para o Alojamento Local relativa à hotelaria, sendo que irão abrir dezenas de novos hotéis, muitos deles com conceito de apart-hotel (actualmente apartamentos turísticos, em Lisboa este ano."
Teresina Rego
TESTEMUNHO DE VIVA VOZ
Conheça a história de Isabel e titular de Alojamento Local em Lisboa.
Mais Testemunhos
“Somos o André e a Mariana.
Criámos um Alojamento Local na Estação de Comboios de Esmoriz. Uma Estação ativa, mas o prédio completamente devoluto. Com o nosso dinheiro, fizemos todas as obras. E a "Estação", pela parte que nos toca, ficou impecável. O Edifício Da Estação voltou a ter vida.
Fomos nós! O Alojamento Local.”
André e Mariana - Cork Train Station
“A actividade de Al, iniciada dezembro 2014, no meu apartamento, permitiu-me complementar a pensão de reforma, que sabemos serem muito baixas.
Permitiu-me ajudar a neta nos estudos, e permite ter apoio no médico privado, já que após 47 anos de descontos o Estado abandona os idosos, fui uma de muitas, que, por reforma da médica de família, não voltei a ter acompanhamento médico de família desde 2011.
Se não permitir a continuidade de AL, farei AL até a neta poder morar sozinha e fazer a vida dela. Por isso o meu apartamento nunca irá para arrendamento normal.”
Maria Guida Silva
“Depois de 17 anos a residir e a trabalhar na Holanda, tive a oportunidade e retirei o dinheiro do fundo de pensões do meu empregador na Holanda para regressar e investir numa segunda habitação em Portugal e daí tirar o rendimento para a minha pensão.
Depois de 2 anos de renovação feita pelas minhas próprias mãos, ao mesmo tempo que abria e trabalhava para a minha própria empresa neste país, abri o AL no ínicio de 2023. Depois destes anos todos de trabalho no estrangeiro e apostar no meu regresso a Portugal, tenho o futuro da minha pensão à mercê de políticas governamentais.”
A. Tavares
"Na zona Histórica de Lisboa em 2015 todos os prédios neste bairro estavam ao abandono, alguns okupados, havia muito tráfico de droga e insegurança; Os portugueses não queriam lá viver, não existia turismo, nem negócios locais, nem bonança.
Criámos a nossa própria micro empresa familiar com muito esforço monetário e dedicação...
Nenhum Apoio do Estado na necessária recuperação!
Agora é uma zona atrativa , reabilitada, com novos negócios locais; Mercearias, padarias, lavandarias, restaurantes e outros tantos que tais.
Depois sofremos uma pandemia,e durante quase 3 anos sobrevivemos, desgastados, como de resto outros negócios sem apoios Estatais.
Agora o governo quer acabar com o nosso meio de subsistência!
Mudar as regras a meio do jogo, dizendo que somos responsáveis por coisas que cabe ao Estado resolver, já demos a advertência!
Somos assim responsáveis pela reabilitação urbana das zonas históricas que se estendeu a toda a Nação,;
Bem como pelos milhões de € em taxa turística que entram , vão agora para o chão?
Somos também quem dá a cara pelo nosso país, acolhendo 42% dormidas, com toda a obstinação;
Utilizando apenas 2% do parque habitacional em Portugal apesar de toda a descriminação.
Nós somos responsáveis pelos hóspedes que vão conhecer Évora, Setúbal, Aveiro, Alentejo, Algarve interior, e o Guadiana, E regressam ano após ano para ir ao Porto e a Viana!
Nós contribuímos para minimizar a Dívida soberana! Tornamos o turismo uma experiência humana!
Joana Belfo
TESTEMUNHO DE VIVA VOZ
Conheça a história de Nuno Catarino, morador da Mouraria, em Lisboa e titular de Alojamento Local.
Mais Testemunhos
“Sem o Alojamento Local, Portugal perde a convivência espontânea entre povos e perde a evolução do empreendedorismo empresarial português nas economias locais. E perde milhões.
E perde PIB. E perde Turismo.
Eu perco a minha profissão, perco toda uma experiência de trabalho e a minha marca de bem receber que levou anos a construir. E perco a minha independência financeira porque fico sem salário, fico cheia de dívidas resultante de um projecto de sucesso interrompido a meio por vontade ideologica e unicamente política.
Os portugueses vão perder com o fim do Alojamento Local. Directa e indiretamente! Porquê?”
House of Lisbon
“Sou a Patrícia, e estou no Alojamento Local desde 2016. Sou formada em Gestão Hoteleira, iniciei a minha carreira na hotelaria e a dado momento tornou-se muito difícil conciliar a vida familiar com a profissional. Por essa razão, abandonei o mercado de trabalho e fui para casa a tomar conta da família. Vi no Alojamento Local uma hipótese de rentabilizar um apartamento de família, até então apenas usado nas férias, e retomei a atividade profissional. Já acolhi centenas de pessoas, na sua maioria estrangeiro.
Durante a pandemia cedi a minha casa profissionais de saúde, e desde o ano passado também hospedei refugiados Ucranianos. O Alojamento Local permite-me contribuir para o orçamento familiar, e desenvolver com gosto uma atividade profissional.
Aos 51 anos, se for impedida de realizar a minha atividade, sou muito nova para me reformar, e estou fora de prazo para reingressar no mercado de trabalho."
Patrícia Santos
“Perante a situação de desemprego com que me confrontei em 2015, a criação do meu próprio emprego emergiu como única hipótese! Tal obrigou ao investimento de todas as economias disponíveis! Hoje representa a minha única fonte de rendimento!
As medidas anunciadas contra o AL inviabilizam a continuidade do negócio, tornando inevitável a imigração, porque retira em absoluto a confiança nas lideranças deste país.
Como classificar um país que decide destruir ativamente um dos ramos daquela que é a atividade mais pujante do país, desprezando a história de sobrevivência e superação de milhares de cidadãos e famílias?!?!?”
Oporto Vintage Apartment
"Chamo-me José Frutuoso, tenho 65 anos, trabalhei 45 anos por conta de outrem, 35 dos quais na Gestão de Projetos na Construção Civil e Obras Públicas.
Desde 1995 que eu e a família, fomos vítimas do problema com que frequentemente os senhorios são confrontados, nomeadamente o reiterado incumprimento no pagamento das rendas por parte de alguns inquilinos, sem que a Legislação aplicável nos defendesse no âmbito do processo da recuperação das chaves dos locais arrendados.
Escusado será dizer que isso nos desmotivou completamente em relação ao arrendamento tradicional.
Decorria então o ano de 2015, depois de termos regressado de uma comissão de serviço em África, e depois de mudarmos a nossa residência de Lisboa para Vila Nova de Gaia.
Ao fim de quase 40 anos de atividade profissional, decidimos investir as nossas economias em património edificado, em mau estado, nas cidades de Vila Nova de Gaia e do Porto, com o objetivo de o recuperar e colocá-lo em rentabilização.
No entanto, as más experiências anteriores com o arrendamento tradicional, como já referido antes, desviaram-nos o foco dessa forma de rentabilização, pela insegurança que nos traduzia.
Naquela altura, já era evidente o despertar do mundo exterior para o valor cultural, arquitetónico e histórico das cidades do Porto e de Gaia, unidas pelo rio Douro, e cujo povo, sendo muito acolhedor, é único e autêntico, e isso deu-nos o alento necessário para arriscarmos e levar por diante o investimento, com o foco virado para o Turismo.
A forma escolhida foi registar os imóveis como AL, atividade que, para além de tudo, nos garantia a segurança no recebimento dos valores do arrendamento, através das plataformas eletrónicas.
Ao longo dos anos de 2016 a 2019, adquirimos 3 imóveis antigos, em mau estado e devolutos.
Reabilitámos e decorámos os mesmos, com grande sacrifício pelo elevado investimento em causa.
Fizémo-lo com a perfeita convicção de que estávamos a criar riqueza ao nosso país, desenvolvendo uma das mais importantes atividades económicas em Portugal.
Não vale a pena recordar com que sensação ficámos, em Março de 2020, com o cancelamento de todas as reservas devido à pandemia, depois de todo o investimento feito.
Aconteceu a muitos de nós pequenos investidores, é verdade.
Resistimos com muito esforço e na esperança de que a situação havia de ser ultrapassada, e felizmente, ao fim de um ano e meio, as coisas recompuseram-se.
Hoje, continuamos a dedicar-nos diariamente de corpo, alma e coração, a prestar um serviço de qualidade aos nossos hospedes, e eles adoram os nossos espaços e a nossa forma de receber.
Os nossos colaboradores e parceiros das atividades conexas, são maravilhosos pela dedicação e capacidade de trabalho e gostam de trabalhar connosco.
A relação interpessoal com os turistas e a paixão pelo que fazemos
A nossa dedicação e rigor, na prestação de um bom serviço aos nossos hóspedes a ao Turismo de Portugal em geral, manteve-se e mantêm-se inalterado desde 2016 até hoje, o que é comprovado pelos comentários das hospedagens, feitos pelos hospedes, extremamente positivos, na generalidade, ao longo de quase 7 anos de atividade.
Saber que ajudámos alguém a viver momentos de felicidade numa cidade longe da sua, transmite-nos um prazer único e que queremos continuar a viver ao longo dos nossos últimos anos de vida, passando o testemunho aos nossos filhos.
Criação de emprego e a dinamização da economia local: Para nos ajudar na gestão de alguns dos alojamentos, estabelecemos parcerias com uma microempresa para a gestão dos check-ins e check-outs, que por sua vez tem parcerias com senhoras particulares para fazer as limpezas, assim como com lavandarias e engomadorias na cidade do Porto. Com estas políticas e formas de trabalhar tentamos promover o emprego e a economia local.
É com esta atividade e desta forma que obtemos um complemento de rendimento na idade da reforma, permitindo assim, ajudar também a nossa família.
Naturalmente que todo o investimento foi feito na perspetiva de obtermos um retorno parcial, mas efetivo e com uma garantia minimamente razoável, pelo menos nos primeiros 10 a 15 anos do exercício da atividade, o que era possível à partida, com base na Legislação vigente à data.
Com certeza que, com o atual regime do arrendamento urbano e com a insegurança que se continua a viver ao nível do recebimento das rendas, da parte dos inquilinos, é impensável ou pelo menos imprudente, uma pessoa investir tudo o que tem, a restaurar património habitacional, dotando-o de elevada qualidade, como fizemos nós, criando riqueza para o país, e depois colocar o mesmo no arrendamento de médio e longo prazo, com todos os riscos que essa opção representa e envolve.
Profunda afetação da nossa vida familiar, ao nível económico: Confrontação dos nossos parceiros das atividades conexas, com o risco agravado de desemprego ou de rentabilidade reduzida, com o risco de uma situação de precaridade."
José Frutuoso
Mais Testemunhos
“Registar o meu pequeno apartamento T1 de 35 m2 (apartamento de família que nunca foi e nunca será ocupado com aluguer de longa duração) como AL para alugar a turistas e a pessoas que precisam de se deslocar ao Porto por poucos dias, foi o que me permitiu continuar a viver com dignidade e manter um nível de vida aceitável depois de me ter aposentado em 2017.”
Laura
“Há 12 anos investi todas as minhas economias na compra de um apartamento em Lisboa especificamente para alojamento local, como complemento ao meu vencimento precário.
Criei o meu próprio posto de trabalho."
Filipa Maldonado
“Sócio-gerente de AL desde 2015, perante a incerteza das polìticas desde governo, reduziu o número de trabalhadores de 14 para 4. ”
Francisco Franco Afonso